Conheça o Município

História

A ocupação da região se deu originariamente pela penetração de bandeirantes, sertanistas e monçoeiros que buscavam ouro, caçavam índios e se aventuravam na conquista de novas riquezas. Antes, era ocupada pelos Terenas e Kaiowás que habitavam, até o século XVIII, a área do território do atual Mato Grosso do Sul que se estendia desde os campos de Maracaju até a margem direita do Rio Paraná. Tal como as demais regiões do Estado, a ocupação também pode ser explicada a partir das transformações que ocorreram em seu território. O percurso dos conquistadores em suas arriscadas penetrações, durante o século XVIII, por um lado, passaram a exigir pontos de apoio nas viagens de ida e volta. Estes pontos se tornaram posteriormente locais de fixação do homem na Região. A exploração da erva-mate trouxe importantes mudanças na fisionomia social e econômica regional, produzida em escala comercial, e destinada à exportação, principalmente para os países da bacia da prata, deram impulso à economia estadual no início do século XX. As plantações da Companhia Mate Laranjeira ocupavam uma vasta extensão territorial que ia desde as margens do rio Brilhante e rio Ivinhema, ao norte; o Paraná, a leste; o Iguatemi, a sul e o rio Dourados e a serra do Amambai, a oeste. Desse modo, parte da Região em estudo integrava a área daquela empresa.

A origem da maioria dos municípios que compõem a Região é decorrente dos desmembramentos territoriais ocorridos em Ponta Porã e Amambai. Em 1955, o capitão João Paulo Cabreira e Geraldo Fernandes Fideles, proprietários de extensas glebas de terras, entendem-se com migrantes oriundos do Paraná e São Paulo e lhes cedem lotes de terra, para estabelecerem-se. Reservaram anteriormente uma área para a instalação de um novo povoado. Floriano Carminatti foi o primeiro morador, e em 1958, rezou-se a primeira missa por um padre da Congregação do Verbo Divino e por volta de 1959, Antonio de Melo Gonçalves instalou a primeira casa comercial. Por volta de 1960 chegam em Itaquiraí as primeiras famílias, para fazer a abertura de áreas da fazenda de propriedade da Companhia Mate Laranjeira, dando início ao Patrimônio de Itaquiraí, que foi elevada a Distrito de Ponta Porã pela Lei n. 2.111, de 26 de dezembro de 1963, passando posteriormente a ser Distrito de Amambai e Iguatemi.

Em 12 de maio de 1980, desmembrado do Município de Iguatemi pela Lei n. 75 e sua emancipação política-administrativa foi assinada em 13 de maio de 1980 pelo então governador Marcelo Miranda Soares. Em 1989, Itaquiraí vive um momento histórico que muda totalmente o perfil sócio-econômico com o processo de Reforma Agrária a partir da luta dos trabalhadores rurais sem terra que foram assentados.

Geografia Física

Solo

No município de Itaquiraí, verifica-se a predominância de Latossolo de textura média e, acompanhando as principais linhas de drenagem, Nitossolos de textura arenosa/média, ambas com baixa fertilidade natural e algumas áreas de Neossolos.

Relevo e altitude

Está a uma altitude de 340 m. Tem como característica principal áreas planas entremeadas com relevos tabulares. As áreas planas de acumulação predominam ao longo dos rios principais, representada por larga faixa próxima ao rio Paraná e, ao norte, com o rio que lhe serve de limite. O município de Itaquiraí encontra-se na Região dos Planaltos Arenítico-Basálticos Interiores, com duas unidades geomorfológicas, Divisores das Sub-Bacias Meridionais e Vale do Paraná.

Clima, temperatura e pluviosidade

Está sob influência do clima subtropical (Cfa) do sul de Mato Grosso do Sul. A temperatura média dos meses mais frios está entre 14°C a 15°C. As precipitações variam de 1.400 a 1.700mm anuais.

Hidrografia

Está sob influência da Bacia do Rio da Prata. Principais rios:

· Rio Amambai: afluente pela margem direita do rio Paraná; limite entre os municípios de Naviraí e Itaquiraí. Bacia do rio Paraná. Possui 340 km de extensão, sendo 90 km navegáveis.

· Rio Maracaí: afluente pela margem direita do rio Paraná, banha o município Itaquiraí, limite entre os municípios de Iguatemi e Itaquiraí.

· Rio Paraná: formado pela confluência dos rios Paranaíba (nasce em Goiás) e

o Grande (cujas cabeceiras ficam na serra da Mantiqueira, em Minas Gerais), a uns 10 km a nordeste da cidade de Aparecida do Taboado; daí até o ponto extremo de Mato Grosso do Sul, faz divisa entre este Estado (município de Itaquiraí) e o Estado do Paraná. É o principal rio da bacia do mesmo nome.

Vegetação

A vegetação do município de Itaquiraí apresenta predominância da Floresta Estacional Semidecidual com áreas de pastagem plantada. Aparecem em menor percentual, distribuída pelo município, a Floresta Estacional e Floresta Submontana.

Geografia Política

Fuso horário

Está a -1 hora com relação a Brasília e -4 com relação a Grenwith.

Área

Ocupa uma superfície de de 2 063,876 km².

Subdivisões

Itaquiraí (sede) e Porto Iporã.

Arredores

Naviraí, Eldorado e Iguatemi.

Economia

Na produção vegetal, Itaquiraí destaca-se pelo cultivo da lavoura comercial de grãos, onde no ano de 2004 as principais culturas (soja, milho, algodão herbáceo e trigo), produziram aproximadamente 60.020 toneladas em uma área colhida 26.374 hectares, com destaque para a produção de soja que responde por 48,06% daquele volume e 64,30% da área, o milho vêm em segundo lugar participando com 41,67 da produção e 25.012 toneladas, colhidas em uma área de 6.210 hectares.

Demografia

A população é de 18.618 (urbana: 11.015 – rural: 7.603), e a densidade demográfica é de 9,02 hab/km² (Fonte: Censo do 2010 do IBGE).